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Postagens

HAICAIS DE CAFÉ

Haicai, também conhecido como Haiku ou Haikai, é um poema curto de origem japonesa. A palavra “haicai” é formada por dois termos: “hai” (brincadeira, gracejo) e “kai” (harmonia, realização), o que representa um poema humorístico. Essa forma poética foi criada no século XVI e acabou se popularizando pelo mundo. No Brasil, o haicai chegou no século XX, influenciado pela França e trazido também pelos imigrantes japoneses. O teórico literário Afrânio Peixoto foi um dos primeiros a apresentar essa forma poética no país. Ele comparou os haicais às trovas, descrevendo-os como tercetos breves com versos de cinco, sete e cinco pés, totalizando dezessete sílabas. Hoje, muitos escritores aderiram ao estilo, e nomes como Paulo Leminski, Millôr Fernandes e Olga Savary se destacam na produção de haicais brasileiros Os haicais capturam momentos fugazes, revelando emoções, imagens e sugestões com encanto intraduzível. São pequenas pérolas poéticas que nos conectam à simplicidade e beleza da vida . Caf...

6:30 AM, TOCA O DESPERTADOR

Mais um texto meu para este nunca esquecido blog. Esse texto é um bom exemplo de como minha cabeça funciona nas primeiroas horas da manhã.... 6:30 AM, TOCA O DESPERTADOR Pelo menos hoje é quinta-feira, dia de terapia. Tenho que parar de olhar as notificações do celular quando acordo, isso não deve ser saudável. Às vezes sinto que meu cérebro buga com isso. Seria mais saudável se eu não dividisse minha existência em "dia da terapia", "dia da reunião", "o dia de pagamento" . E se eu organizasse meus dias como um viciado em academia? Tipo "Dia de perna", "ombro e bíceps" . Falando em academia, tem semanas que não apareço na minha. Será que acham que eu desisti? Será que eu desisti? Também só fiz a matrícula porque a terapeuta insistiu que iria me salvar. Ou será que ela disse ajudar? Detesto aquela esteira, me sinto igual a um hamster na rodinha da gaiola. "Mas você pode caminhar no parque" . É igual, só que diferente. Fico and...

MANU E CHICO XAVIER

Ainda sobre a relação que minha família tem com Chico Xavier, em agosto de 2022 publiquei um texto em meu instagram de quando Manuela começou a descobrir quem foi Chico Xavier. Assim como eu não tenho total nitidez da grandeza que foi Chico, ela também ainda está a descobrir quem ele foi. Foi um papo muito interessante que nós tivemos esse dia. E espero que mais momentos assim aconteçam sempre que estivermos retornando da Evangelização. essa é minha mãe conversando com o médium Esses dias na evangelização da @casafeego, Manuela estudou sobre a vida de Chico Xavier. Na volta pra casa ela estava encantada com a história do médium. 👧 Pai, o Chico Xavier foi muito bom, ele ajudou um monte de gente... 🧔‍ Eu sei filha. Entre esse monte de gente que ele ajudou, está a vovó e o vovô. 👧 O que?? Realy?? (O YouTube tem adicionado algumas expressões verbais ao vocabulário dela). 🧔‍ Realy filha! O vovô e a vovó conheceram o Chico Xavier. 👧 Tem foto? 🧔‍ Tem sim (e antes que eu continuasse ...

UM TEXTO DE 1980 ESCRITO POR MEU PAI

Se me perguntarem como esse texto chegou até mim, só sei responder que foi via whatsapp. Não sei num grupo ou se alguém me mandou. Não me recordo mais.  Mas esse é um texto escrito por meu pai na década de 80 do século passado em meio ao processo do caso de meu irmão Maurício. Guardei esse texto e agora compartilho aqui! Ah! o texto em destaque no começo da carta não é meu! foi como recebi no whatsapp... Uma das mais belas peças literárias que exaltam a imortalidade do espírito constam nos autos de um processo judicial; trata-se de uma carta do Sr. José Henrique, pai de Maurício Garcez, morto sob o disparo de uma arma de fogo, solicitando à justiça que inocentasse o réu, José Divino, acusado de tê-lo assassinado. Eis a carta, na íntegra: Excelência, Vimos à presença de V. Excia., e dos jurados que compõem essa digna corte de Justiça, a fim de expor e solicitar o seguinte: O Réu José Divino Nunes é acusado de assassinar o nosso filho Maurício Garcez Henrique em 8 de maio de 1976. A ...

7 ANOS SEM MEU PAI

Texto originalmente publicado em meu instagram em outubro de 2022. A ausência de quem sem ama sempre vai doer. Sem data e hora certa.  7 ANOS SEM MEU PAI Era um sábado, num final de tarde há 7 anos, quando recebi a ligação dizendo que a batalha tinha chegado ao fim. Foram muitos meses de internação, acho que 6. Um misto de tristeza e alívio, e quando lembro de tudo que passou ainda sinto esses mesmos sentimentos. Tristeza por não ter sua presença física a partir dali, não ter sua variação de humor (que ia de mau-humor ao senso de humor peculiar). Tristeza por não ter mais a chance de receber seu carinho. Alívio por saber que as idas e vindas das tensões das internações tinham, finalmente, chegado ao fim. Mas seu amor ficou em nós. E isso também é um alívio de saber. Temos que ser mais gratos por tudo que vivemos ao seu lado durante seus 81 anos, que tristes por não tê-lo mais aqui. E pensar assim exige um certo esforço, tem momentos (como o dia de hoje, por exemplo) que a saudade v...

POLLYANNERS

Texto publicado originalmente em agosto de 2022 no meu Instagram após um maravilhoso encontro da turma dos Pollyanners! Pollyanners: crianças crescidas sentadas em roda no pátio durante o recreio da escola, sorrisos sinceros, alegria genuína, abraços aconchegantes. Memórias, histórias, reencontros, lembranças lendas, fábulas, relatos, narrativas e suspiros. Clã, tribo, grupo, turma, galera, bando, agremiação, comunidade, congregação, facção, máfia. Conexão. Turma do ensino fundamental (antigamente chamada de 4ª série) da Escola Infantil Pollyanna do longínquo ano de 1.991, por isso Pollyanners! Pollyanners da vida, e de volta a vida, e pra toda a vida.

E NUNCA MAIS ELA CORREU - um conto meu!

Sim, eu sei que sempre prometo cuidar melhor desse espaço, publicar mais coisas e a mesma ladainda de sempre. Não é que falte tempo! O que falta é disciplina. E não só para este blog, mas para o monte de coisas (malhar por exemplo). Então nem vou mais falar nada! Quando der eu apareço por aqui e coloco alguma. Beleza?! E na postagem de hoje um conto que escrevi quase no final do passado, fazia tempo que não escrevia nada assim. Foi um exercício interessante. E NUNCA MAIS ELA CORREU. Ela nunca imaginou que a sua vida mudaria tanto depois que se inscreveu naquele grupo de corrida. Inicialmente era apenas uma forma de aliviar o estresse do trabalho e esquecer o canalha do ex-namorado que a trocou por uma piriguete de quinta categoria. Mas acabou se tornando uma paixão, uma obsessão, até mesmo uma maldição. Em pouco tempo a corrida começou a tomar conta de sua rotina. Primeiro foram os encontros semanais no parque para os treinos e os exercícios educativos de corrida, junto às interminávei...

TIRINHAS (UM MONTE)

São tirinhas que me chamam a atenção no meio desse mar de possibilidades chamado Instagram

UMA HISTÓRA ZEM DE UM HOMEM SOBRE UM CAVALO

Já ouviram falar de um monge vietinamita chamdo  Thich Nhat Hanh? Descobri esse ser iluminado, de sabedoria absurda, há tempo atrás (possivelmente na mesma época do finado projeto soul.pai), e me encantei com seus ensimanetos. Abaixo compartilho um de seus textos. Existe uma história zen sobre um homem e um cavalo. O cavalo está galopando rapidamente, e parece que o homem que cavalga se dirige a algum lugar importante. Outro homem, em pé ao lado da estrada, grita: "Aonde você está indo?" e o homem a cavalo responde: "Não sei. Pergunte ao cavalo!" Esta é a nossa história. Estamos todos sobre um cavalo, não sabemos aonde vamos e não conseguimos parar. O cavalo é a força de nossos hábitos que nos puxa, e somos impotentes diante dela. Estamos sempre correndo, e isso já se tornou um hábito. Estamos acostumados a lutar o tempo todo, até mesmo durante o sono. Estamos em guerra com nós mesmos, e é fácil declarar guerra aos outros também. Thich Nhat Hanh em "A essência ...

DESTRANÇA MEU CABELO - DRA ANA CLÁUDIA

Esse foi um texto que li recentemente num livro de uma doutora especializada em cuidados paleativos (isso mesmo, aqueles quando a doença avança tanto que não nada além a fazer se não dar qualidade aos nossos últimos momentos). Achei a forma delicada da escrita da Dra. Ana Claudia tão respeitosa que esse texto em específico me marcou de forma profunda. O livro  Histórias lindas de morrer da Dra. Ana Cláudia Arantes Quintana é um livro de cabeceira, daqueles que precisamos reler várias vezes para aprender, um dia quem sabe, valorizar a vida! "Ela tem cinco filhos. Netos que ama mais do que a si mesma. Bondosa, cuidou de todos – mais do que de si mesma. Nasceu no interior do interior, nas profundezas, na alma da Bahia.  Secretamente, chora de medo de morrer, mas sempre recebe a todos com extrema educação, preocupa-se em estar limpa e arrumada.  Cabelo quase prateado, guardado em tranças delicadamente tecidas pela filha. Elogio o trabalho, a filha sorri e me explica: na cren...