Mais um texto do meu finado projeto Soul.Pai onde, eu, encatado com o mindfullness, queria berrar aos quatro ventos sobre isso. Esse texto foi sobre remédios e enfrentamentos.
No final uma reflexão extilo Soul.Pai atualizada dos momentos de enfrentamento de uma quase não pequena Manuela
A hora da criança tomar remédio costuma ser uma sofrimento, para a criança e para os pais. É um tal de corre de um lado pro outro, esconde debaixo da cama, vomita o remédio...haja paciência nesses momentos.
Graças a Papai do Céu, Manuela poucas vezes me deu trabalho para tomar remédio, até mesmo o amargo dipirona eu costumo dar puro as gotinhas necessárias para ela, minha estratégia é usar a verdade e empatia.
🧔🏻 filha, precisa tomar esse remédio porque você está com febre
👧🏻 o remédio é ruim, papai?
🧔🏻 infelizmente é sim, é amargo. Mas precisa tomar
👧🏻 mas eu não gosto
🧔🏻 eu sei que não gosta, papai também não gosta de tomar remédio. Mas é melhor que sua febre aumentar e a gente ter que correr pro hospital
👧🏻 então me deixa segurar a água pra tomar depois do remédio?
🧔🏻 claro filha
Faz careta, bota a língua, mas toma tudinho. Depois eu a acolho num abraço e elegio sua coragem de tomar o remédio.
Temos que entender que é uma situação desagradável demais para a criança, mesmo que ela saiba que é para o bem dela, é ruim! Se nós, enquanto adultos, não gostamos de tomar remédio, imagina uma criança.
O mesmo vale para a hora de um exame de sangue por exemplo
👧🏻 papai vai doer?
🧔🏻 vai sim filha, mas o papai está aqui com você, e pode chorar que está tudo bem
🍦 e geralmente no final do exame ela ganha um sorvete como prêmio pela coragem de fazer o exame
Valorize esses pequenos momentos de coragem da criança. Foi um esforço muito grande para ela, e não “só um xarope” ou “só um exame de sangue”. Não subestime o que a criança está sentindo naquele momento. Pode parecer bobagem mas a atenção que damos a esses pequenos detalhes, farão toda diferença no futuro e formação da criança.
Estaremos assim, ensinando os pequenos a lidar com adversidades de uma forma mais saudável. Tem o xarope ruim (no futuros teremos dias ruins) mas todas essas coisas passam, e está tudo bem! Não somos fortes o tempo todo, não são apenas as crianças que precisam de colo de vez em quando.
E você que leu o textão até aqui? Qual sua estratégia para lidar com os momentos difíceis com a criança? Vamos compartilhar experiências
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Sempre que posto esses textos do projeto parece que me passa um filme na cabeça desses momentos na minha cabeça.
Na época em que eu procurava espalhar a palavra do mindfullness Manuela tinha entre 4 e 5 anos de idade, hoje a aspirante a mocinha já tem 9.
Não toma mais dipirona em gotas desde que descobriu a versão comprimido.
Ainda reclama de fazer exames de sangue, mas suportou bravamente as doses de vacinas que teve que tomar (quando chegaram as vacinas da pandemia do covid-19 foi realmente uma provação pra ela).
E os citados "dias ruins" do texto volta e meia dão as caras por aqui, seja por ser privada das telas que tanto gosta, seja por algum problema na escola.
Mas acho Manuela resiliente, pelo menos nos dias que está comigo. Tenho plena consciência que muitas vezes sou um pai bem rígido e chato. E a vejo se saindo bem comigo - seja por resiliência ou por adaptação.
Resiliência ou adaptação o fato que eu sei que não tive acesso a um tipo de formação que ensinasse a lidar com medos, erros e frustações, e tento fazer isso por ela da melhor forma que consigo...
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