7 ANOS SEM MEU PAI
Era um sábado, num final de tarde há 7 anos, quando recebi a ligação dizendo que a batalha tinha chegado ao fim.
Foram muitos meses de internação, acho que 6.
Um misto de tristeza e alívio, e quando lembro de tudo que passou ainda sinto esses mesmos sentimentos.
Tristeza por não ter sua presença física a partir dali, não ter sua variação de humor (que ia de mau-humor ao senso de humor peculiar). Tristeza por não ter mais a chance de receber seu carinho.
Alívio por saber que as idas e vindas das tensões das internações tinham, finalmente, chegado ao fim.
Mas seu amor ficou em nós. E isso também é um alívio de saber.
Temos que ser mais gratos por tudo que vivemos ao seu lado durante seus 81 anos, que tristes por não tê-lo mais aqui.
E pensar assim exige um certo esforço, tem momentos (como o dia de hoje, por exemplo) que a saudade vem mais forte.
Aqui, nesse plano, tudo passa. E nossa fé na espiritualidade nos ajudará a esperar o momento certo de nosso reencontro.
Naquela mesa sempre estará fazendo falta, mas só na mesa. Em cada um dos filhos, netos e bisnetos, o senhor estará sempre vivo.
Obrigado por tanto e por tudo.
Comentários
Postar um comentário