Manuela tem uma matéria bem interessante na escola chamada escrita criativa, onde professor leva textos de vários estilos e autores e estimula que os alunos façam sua prórpias versões do que lhes foi apresentado.
Até já participei de uma oficia do professor Fabrício lá escola e o resultado está em algum lugar deste mesmo blog.
A alguns dias Manuel levou pra casa um trecho do livro O Processo, de Franz Kafka, que tinha uma descrição de um objeto de cena; o exercício proposto era que os alunos fizessem descrições de um objeto qualquer.
Incentivei Manu a descrever algo imaginado por ela, e ia fazendo perguntas para tentar pescar mais detalhes da descrição.
O resultado é Claws (com "w" como ela fez questão enfatizar). Eu, pai coruja que sou, gostei tanto do resultado que venho exibir aqui para vocês.
CLAWS*
Esse objeto se chama Claws, não é bem um objeto nem um ser vivo. Ele é feito de lembranças, o tamanho é indefinido, Claws nos segue mas a gente não consegue ver. Às vezes o Claws nos atormenta e ele fica rindo, tipo que aconteceu ontem a noite comigo. Às vezes as lembranças do Claws, que é a mesma da nossa, se embaralham e a nossa cabeça fica confusa, a gente pode esquecer uma lembrança mas o Claws nunca esquece, cada um tem um Claws e quando a gente dorme o Claws vê as nossas memórias, às vezes o Claws perturba a gente no sono ou não, O Claws é da lembrança e do pensamento mas a maioria das vezes ele é da lembrança.
* nota do pai da autora: na transcrição fiz questão de deixar mais ou menos caótico que foi a forma que ela escreveu.
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